sábado, 7 de janeiro de 2012

EPIFANIA DO SENHOR

"Certa vez, na França, um senhor de 70 anos viajava de trem, e ao seu lado, um jovem universitário lia o um livro de ciências. O senhor por sua vez lia um livro de capa preta que o jovem percebera tratar-se da Bíblia, aberta no Evangelho segundo Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho senhor e perguntou:
- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?
- Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a História Universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
- É mesmo? E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?
- Bem, respondeu o universitário, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe seu cartão que eu lhe enviarei material sobre o assunto pelo correio, com a máxima urgência. O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.
Quando o jovem leu o cartão, ficou pálido e saiu cabisbaixo de vergonha.
No cartão estava escrito: Professor Doutor Louis Pasteur - Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França.
O fato acima, descrito na biografia de Pasteur, teria ocorrido em 1892."
Vida e Obra de Louis Pasteur (Autoria desconhecida).

É dele a célebre frase: “Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima."
(Louis Pasteur)
(http://www.sitequente.com/frases/ciencia.html)
Esta frase de Pasteur parece confirmar-se por outros célebres cientistas:
O Dr. Adolf Butenandt, prêmio Nobel em Bioquímica, DIZIA:  “Com os átomos de um bilhão de estrelas, o acaso cego não conseguiria produzir sequer uma proteína útil para o ser vivo”.
“A probabilidade de ter-se a vida originado por acaso é comparável à probabilidade de um dicionário completo resultar da explosão de uma tipografia”. (O Dr. Edward Cooling, biólogo americano)
Max Planck (1858-1947), prêmio Nobel de Física: “O impulso de nosso conhecimento exige que se relacione a ordem do universo com Deus”.
Albert Einstein (1879-1955), Nobel de Física em 1921: “Quanto mais acredito na ciência, mais acredito em Deus”. “O universo é inexplicável sem Deus”.
Voltaire (1694-1778), racionalista e inimigo sagaz da fé católica, foi obrigado a dizer: “O mundo me perturba e não posso imaginar que este relógio funcione e não tenha tido relojoeiro”.
Todos estes cientistas, podemos dizer, são como os vários reis magos ao longo dos séculos. Os magos do oriente que a um sinal visto na natureza, uma estrela diferente, vieram adorar o Rei Menino que acabava de nascer são o prenúncio de homens de boa vontade de todos os povos da terra, que buscam a Deus com sinceridade de coração e que não são cegos aos sinais que o próprio Criador colocou neles mesmos e na natureza. Essas pessoas, se são dóceis,  são também conduzidas, pelo testemunho das Escrituras  e dos cristãos, à gruta de Belém, onde encontram o Deus Menino, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós.
Já dizia São Paulo: “Porquanto, o que de Deus se pode conhecer está à vista deles, já que Deus lho manifestou. Com efeito, o que é invisível nele - o seu eterno poder e divindade - tornou-se visível à inteligência, desde a criação do mundo, nas suas obras. Por isso, não se podem desculpar.” (Romanos 1,19)
Na pessoa dos Reis Magos, vemos um também um prelúdio  da Igreja, que é formada por povos de toda a terra e de todas as culturas, que adoram o Deus verdadeiro e ao seu Filho Jesus Cristo no Espírito Santo. Este culto dos magos foi bem concreto, e expressa também o nosso culto cristão quando é “em verdade”: Os magos trouxeram ouro ao Deus Menino. Se aquele menino é o Criador do universo, a ele pertence a realeza. Por isso, em sinal de gratidão pelas riquezas que Dele receberam, os magos trouxeram ouro. Provavelmente este ouro foi providencial para São José. Provavelmente, com este, ele comprou ferramentas e construiu uma casa para a Sagrada Família obrigada a deixar tudo e emigrar às pressas para o Egito. Jesus não precisa, pois ele é Rei de tudo, mas os pobres e a evangelização precisam ainda hoje da nossa colaboração e ajuda espontânea como gratidão por tudo o que de Deus recebemos.
Os magos ofereceram incenso, símbolo do culto de adoração devido a Deus. Deus igualmente, não precisa dos nossos louvores, mas o poder louvá-lo, nada acrescentando à sua glória, contribui para a nossa salvação.
Enfim eles ofereceram mirra, símbolo daquele que sendo impassível, tornou-se passível para sofrer por nós na cruz para a remissão dos nossos pecados. Em Fátima nossa Senhora ensinou aos pastorinhos a oferecerem a gota do seu sofrimento em união com o oceano do sofrimento de Cristo para a salvação do mundo: “Sacrificai-vos pelos pecadores, e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício:  “Oh Senhor, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.”
Sejamos como os magos do oriente: guiados pela luz de Deus na natureza e nas Escrituras, cheguemos ao menino Jesus e lhe prestemos um culto em espírito e verdade.
Para partilhar em grupo:
Como se concretiza, hoje em dia, a frase de Pascal: “Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima." Pessoas simples, aparentemente sem muita instrução, podem também chegar a uma grande sabedoria Divina? Como? Ler Mt 11,25-27.
Pe. Marcelo

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