sábado, 7 de janeiro de 2012

Oitavário da Epifania - terceiro dia

Inquietação em Jerusalém e inércia de sua gente

Os Magos dirigiram aos habitantes de Jerusalém uma pergunta muito precisa:
- Onde está o Rei que nasceu?
Para eles o fato era certo. A estrela os tinha informado e guiado para que pudessem homenagear o Rei e levar-lhe presentes.
A sinceridade dos Magos era transparente, a cidade se pôs em alvoroço. A notícia de um recém-nascido Rei fez o efeito de um raio inesperado. Herodes entrou em preocupação: o que se dizia significava uma ameaça ao seu trono! Toda a cidade participava da sua inquietação.
Os próprios Magos teriam podido temer uma reação à sua mensagem. A certeza deles, porém, era categórica, era tão clara que eles só perguntavam, com a maior espontaneidade, onde é que encontrariam o recém-nascido Rei, para poderem oferecer a ele a sua adoração e os seus presentes: ora, adoração e presentes!...
 Pois foi isto que perturbou Herodes! Tanto que ele mandou reunir o Sinédrio e os sábios. Estes citaram a profecia de Miquéias: “E tu, Belém, terra de Judá, de forma alguma és o menor dos distritos de Judá, porque de ti sairá um chefe que apascentará meu povo de Israel” (Mt 2,6). Parece quase impossível que, diante da evidência da profecia e diante dos Magos, que tinham feito viagem tão longa, à luz de uma estrela, para trazer os seus presentes ao recém-nascido Rei dos Judeus, os Judeus, por sua vez, não revelassem qualquer interesse por seu Rei e não sentissem nenhum constrangimento diante dos Magos que, de tão longe, tinham vindo trazer presentes ao Rei dos Judeus. Contudo isto é quase nada, porque, dentro de trinta anos, em Jerusalém, Pilatos perguntaria àquele povo:
- Hei de crucificar o vosso rei? (10 19,15).
E eles a responder:
- Nós não temos outro rei senão César: crucifica-o (10 19,15)!
 O que havia de mais extraordinário era que aquele rei, que vinha de nascer, já sabia agora do acolhimento que iria ter por parte do seu povo mais tarde, a despeito de seus espetaculares milagres. Não obstante, entretanto ele não modificou em nada agora a seu projeto divino: levou-o integralmente à realização. Pois, contudo, também nós, Senhor, quantas vezes te rejeitamos. Tu és, entretanto, sempre o nosso rei, porque a tua realeza não depende de nós. Tu és o nosso rei porque nos criastes e não podemos ser senão teus, mesmo que rejeitemos a tua realeza.

Oração aos Reis Magos

Ó Santos Reis Magos! Chegados a Jerusalém e, desaparecida a estrela que até então vos tinha acompanhado, vos pusestes a perguntar aos moradores onde teria nascido o seu Rei, não recebestes qualquer informação. Só depois, com o retomo da estrela tivestes a sorte de encontrá-lo. Nós vos agradecemos este belo exemplo que nos destes de humilde submissão e de perfeita confiança nas palavras nos sagrados Ministros por Deus estabelecidos Alcançai-nos também a nós estes espírito de submissão e confiança na Providência divina que nos guia através da Sagrada Escritura e do Magistério da Igreja. Amém. Pai nosso, Ave Maria, Glória.
Prática – Escolhe um Diretor espiritual, douto e prudente, revela-lhe todo o teu íntimo e promete-lhe obediência no que se refira à tua alma.
Jaculatória – Senhor, mostra-me os caminhos por onde queres que eu ande e, por meio dos teus ministros, faz-me conhecer a tua vontade.
Rezemos – Ó Deus, que neste dia, pela luz da estrela, revelaste aos gentios o teu único Filho, conduze a nós também, que já te conhecemos pela fé, a contemplar a majestade da tua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo teu Filho que é Deus, e vive e reina contigo na unidade do Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

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