José, esposo de Maria e pai da Casa de Nazaré
Precisamente Mateus, que é o único dos evangelistas que narra a vinda dos Magos, neste episódio, não refere a presença de José.
Entretanto é justamente ele, Mateus, que traz a mensagem do anjo: “José, filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria tua esposa”. E é José, esposo de Maria, que confere a Jesus Cristo o título de ‘Filho de Davi’ (Mt 1,20).
É verdade, José não ocupa um grande espaço na narração evangélica, mas o seu papel fica especificado: “José, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para o Egito!” (cf. Mt 2,13).
E foi precisamente em Nazaré, que os moradores, admirados das palavras de graça que saíam da boca de Jesus, diziam: “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22).
Os evangelistas, preocupados em esclarecer a divindade de Jesus e a virgindade da Mãe de Jesus, não se demoraram em destacar a importância que teve José na história do Filho de Deus. Entretanto, era José que, para Jesus e sua Mãe, providenciava casa, alimento e
vestuário. A Mãe e o Filho de Deus viviam do trabalho de José. E foi ele que situou Jesus na genealogia de Davi, na qual ele, o Messias, viria a nascer (Mt 1,1ss.).
E não teria sido José a dirigir a oração daquela sua família, à qual os anjos se uniam, enquanto o Pai e o Espírito Santo lhe enriqueciam o amor e a segurança?
José adestrou para o trabalho as mãos de Jesus Cristo, que era Deus e, até, alguma vez, de certo, se terá ele machucado, dando oportunidade a José de fazer-lhe curativo.
Uma vez, juntamente com Maria, José teve que procurar o filho por três dias, e, encontrado no templo, a Mãe, com infinita doçura, interpela o rapazinho: “Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e eu, aflitos, te procurávamos!” (Lc 2,48).
A honra, sem comparação de José foi precisamente esta: educou o Filho de Deus e assumiu-lhe a Mãe como esposa. Ele viveu, entretanto, de tal maneira como se nem se tivesse dado conta de existir também ele naquela casa.
Por uma vintena de anos dedicou-se, ignorado, à função de pai do Filho de Davi e de garantia da honra da Mãe. Viveu, porém, como se não existisse. Oportunamente saiu de cena na ponta dos pés. Mateus deu-lhe o título de ‘homem justo’, talvez para notar que era ele a pessoa adequada para exercer o papel de pai de Jesus Cristo e de esposo da Mãe de Deus.
Oração aos Reis Magos
Ó santos Reis Magos, instruídos pela meiguíssima Nossa Senhora, sobre os mistérios de seu
Filho divino Jesus Cristo, não só acreditastes nele, mas, prostrados com a rosto ao solo, vos humilhastes aos pés de Jesus e, com os sinais do maior recolhimento e fervor, profundamente, o adorastes como Deus verdadeiro, nós vos agradecemos por este primeiro ato de verdadeira adoração, que, em nome de todos os Gentios e, em nosso nome, prestastes ao Salvador do mundo. Agradecemos-vos também pelo belo exemplo, que, nesta oportunidade, como primeiros pais na fé, nos quisestes dar; exemplo de humildade, de recolhimento e do fervor interno com que se deve honrar o Senhor.
Alcançai, também para nós, este espírito de respeito para com a suprema Majestade de Deus. Alcançai que, na prática de todos os atos de religião que fazemos, evitar toda dissipação e toda negligência nas ações do culto ao Senhor, a fim de tomar-nos seus verdadeiros adoradores em espírito e verdade. Amém. Pai nosso, Ave Maria, Glória.
Prática – Visita a Jesus exposto no Santíssimo Sacramento, adora-o profundamente, prostrando-te possivelmente com a fronte até o chão, com a humildade e a devoção dos Magos e toma a resolução de ter-te sempre modesto e recolhido nos sagrados templos.
Jaculatória – Que seja sempre uma honra para mim adorar-te profundamente no teu templo e mostrar a todos que sou Cristão.
Rezemos – Ó Deus, que, neste dia, sob a guia da estrela, revelaste aos gentios o teu único Filho, conduze, bondoso, também a nós, que já te conhecemos pela fé, a contemplar a grandeza da tua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo teu Filho que é Deus, e vive e reina contigo na unidade do Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.
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