sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Noticiário UAC – novembro 2011

Queridos irmãos e irmãs da União
Temos o prazer de apresentar neste boletim algumas informações sobre o BEATO JÓZEF STANEK SAC preparada pelo Padre Jan Korycki, SAC, Postulador Geral da Sociedade do Apostolado Católico junto com outras notícias da UAC.

1.         MEMBROS DA UAC PROCLAMADOS BEATOS
O Bem-aventurado Józef (José) STANEK, mártir, padre Palotino, nasceu no dia 04 de Dezembro de 1916 em Łapsze Niżne (Polônia), foi batizado no dia seguinte. Aos seis anos perdeu seus pais. Após ter terminado os estudos no ginásio dos palotinos em Wadowice em 1935 entrou no seminário com eles e no dia 15 de Agosto 1937 fez sua primeira consagração.
Ordenado sacerdote no dia 7 de Abril de 1941. Durante a ocupação nazista dedicou-se ao trabalho pastoral e ao mesmo tempo frequentou clandestinamente os cursos universitários de sociologia em Varsóvia. Após explodir a Revolta de Varsóvia (1.08.1944), que visava livrar a cidade dos invasores, tornou-se o capelão dos revolucionários. Com dedicação incomum assumiu a Pastoral e o ministério da caridade para com os necessitados. Não aproveitou da oportunidade oferecida para salvar-se podendo atravessar o rio Wisła em uma barca. Deixou o seu lugar a um ferido e ele permaneceu com os “sitiados” para não privá-los da assistência religiosa. Mesmo tendo consciência que a continuação da revolta não teria sentido, fez todo o possível para salvar o máximo número de pessoas. Por esta razão também procurou falar com os ocupantes. Foi preso por militares nazistas, quando foi ao comando alemão para pedir a rendição dos combatentes; no dia seguinte, 23 de Setembro de 1944, foi enforcado diante dos olhos das pessoas martirizadas  naquele mesmo momento pelos invasores no local da execução. Ele tinha apenas 28 anos. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II juntamente com 107 outros mártires da Igreja da Polônia no dia 13 de Junho de 1999 em Varsóvia.
Ryszard Czugajewski, escritor, um dos maiores promotores da Causa de Beatificação, publicou um livro sobre Padre Stanek, intitulado "Ele amou até ao fim" (Umiłował do końca). Este título pode ser reconhecido como uma síntese da espiritualidade do Beato. Seu zelo pastoral  foi notado em cada serviço sacerdotal durante  apenas três anos em meio a um clima particular da ocupação nazista, de perseguição à Igreja e, por outro lado, o despertar do patriotismo da população de Varsóvia que organizava a resistência de várias maneiras. Numerosas testemunhas observaram que a motivação fundamental para o trabalho de Pe. Josef foi o amor a Deus. Entre outros, Padre Józef Dąbrowski, coirmão Palotino e colega dos tempos dos estudos, declara: “Considerando a vida de Pe. Stanek na perspectiva de hoje, tenho convicção de que ele se sentiu impelido a viver sempre guiado por um amor excepcional a Deus ... preparou a oferta heróica de sua vida em defesa da fé e da nação”.
A situação extremamente difícil em que ele se encontrava após a Revolta de Varsóvia, fizeram ver de modo particular o heroísmo de seu amor pelo próximo, quando como capelão dos revolucionários, sem combater com armas na mão, se sacrificava colocando em perigo a vida para poder dar assistência caritativa e pastoral aos moribundos, aos feridos e a todos os que estavam sofrendo. Seu amor pelo próximo se manifestava de maneira extraordinária em um fato relatado pela Sra. Stanisława Żórawska, testemunha ocular de sua morte. Ela relata como Pe. Stanek não aproveitou da possibilidade, já mencionada, de salvar sua vida "porque ele acreditava que, como sacerdote, ele seria útil tanto para os homens combatentes, como para os revolucionários, como também para as pessoas que sofriam e agonizavam”.
P. Józef Warszawski SJ, também ele capelão, capturado junto com outros revolucionários  disse o seguinte: “Emergia, de fato, das profundezas das ruínas, uma longa fila de pessoas. Vinham ao nosso encontro [...] precedidas pelos uniformes dos alemães, depois dos quais vinha um sacerdote. [...] Finalmente pude distinguir: era um Palotino, Padre Józef Stanek”. Os nazistas “o batiam com os punhos no rosto até chegar  às nossas filas.  Ao realizar isto, gritavam seu “credo” nazista com as palavras: “Estes são os piores! Não os Ingleses! Não os Hebreus! Mas estes com as batinas pretas! Estes são os demônios!!" ... Puxando aqui e ali,  o empuravam em direção próximo às ruínas ... E assim morreu – “in odium fidei et vindictae” (em um ódio à fé e por vingança).
            Uma outra testemunha ocular, a Sra. Halina Darska completa o quadro dizendo: “No dia 23 de Setembro de 1944, antes do meio dia, os revolucionários em Czerniakow que permaneciam vivos, juntamente com a população civil foram recolhidos pelos Alemães entre as ruínas de uma fábrica em Solec. Vi um sacerdote que estava próximo a um muro com a batina, mas sem sapatos, de cabeça descoberta. As pessoas que já estavam lá, informavam que se tratava de um sacerdote “Rudy” (isto é,  Pe. Józef Stanek) ... perto do padre foram levadas duas jovens ... Depois de um breve espaço de tempo o padre e as duas jovens foram levadas entre as ruínas do pavilhão, onde - das vigas de ferro - já penduravam alguns dos revolucionários. Os nazistas começaram a falar com os três, mas nós não conseguimos entender o que eles diziam ... No momento em que reconduziam fora das  ruínas, já colocavam as cordas no pescoço das jovens e do padre e as cordas eram puxadas para cima. O padre levantou visivelmente, talvez uma ou ambas as mãos, como se para cumprimentar, abençoar ou absolver todos os presentes no pavilhão, não em número inferior a 200 pessoas. Esta imagem do padre permaneceu na minha memória”. A senhora Małgorzata Lorentowicz acrescenta: “Padre José estava com os braços elevados, como no gesto de dar a bênção, e seus lábios se moviam, como se rezasse. Ele estava em absoluto silêncio, calmo, em plena resignação à morte”.
            O corpo do mártir, sob as ordens dos militares, ficou por algum tempo na forca com o objetivo de assustar as pessoas obrigadas a passarem na proximidade do lugar.
            De acordo com testemunhas oculares, desde o início da vida Palotina do nosso Beato se poderia ver nele um compromisso a dedicar sua vida inteiramente à glória de Deus. Ele se distinguia por uma grande fé em Deus e a irradiava ao próximo. Esforçava-se em convencer os vizinhos a confiar tudo à Providência divina e, se fosse necessário, aceitar com dignidade até mesmo a morte, acreditando que essa não seria inútil, mas que serviria como mensagem para os outros.
            O grande número de pessoas que tinha conhecido Padre Stanek e aquelas que assistiram a execução, sempre interpretaram a sua morte como martírio pela fé e pelo seu país. Todas as testemunhas chamadas em causa confirmaram esta convicção. Também são atribuídos à sua intercessão diversas graças obtidas de Deus. Sua memória litúrgica é comemorada no dia 12 de Junho, juntamente com o Beato José Jankowski.

2. Eleição dos CdCN:
          Ruanda-República Democrática do Congo. No dia 08 de Julho de 2011, o Conselho Nacional de Coordenação da Ruanda- República Democrática do Congo - reuniu-se e elegeu os seguintes membros para os cargos a serviço da União: Pe. Romuald Uzumbumwana, SAC Presidente; Irmão Jean Pierre Nsabimana, SAC, Vice-Presidente, Ir. Marie Belancilla Mukandahiro, SAC, Tesoureira e Ir. Catherine Marie Nikuze, SAC, Secretária.
          Polônia. Foi recentemente eleito um novo Conselho de Coordenação Nacional da União. No dia 29 de Novembro, o novo CdCN reuniu-se e elegeu como Presidente e Vice-Presidente, respectivamente, Pe. Marek Chmelniak SAC e Ir. Bernadetta Turecka, SAC.
          Os resultados de ambas as eleições foram confirmadas pelo Conselho de Coordenação Geral da União. Desejamos a todos os novos membros dos CdCN todas as bênçãos e as luzes do Espírito de Deus nesta missão importante de serviço na União - no esforço de coordenar e animar o carisma de São Vicente de um modo  novo e criativo em seus respectivos territórios. Agradecemos aos membros que já prestaram este serviço nos CdCN nestes anos e desejamos-lhes muitas bênçãos e que possam continuar sua caminhada com o Senhor na família palotina.

3. Brasil:
Campo Grande: o CdCL de Campo Grande está preparando um curso de formação chamado “Encontro de Experiência Palotina” (Encontro de vivência Palotina: EVIPAL) que terá lugar na Casa de Formação São Vicente Pallotti. O Encontro acontecerá de 19-29 de Janeiro de 2012 e é dirigido aos jovens e adultos interessados em conhecer a vida e obra de São Vicente Pallotti e viver o seguimento de Jesus Cristo segundo o carisma Palotino. Espera-se que este primeiro encontro EVIPAL seja um tempo para adquirir novo conhecimento e partilhar experiências, levando a um renovado compromisso de servir o reino de Deus.
Curitiba: Dois jovens que estão discernindo sua vocação palotina foram inspirados pelo carisma de São Vicente Pallotti para iniciar uma missão onde vivem  “reavivando a fé e reacendendo a caridade” na vida dos que os rodeiam. Esta missão foi iniciada no dia 9 de Abril na cidade de Curitiba e espontaneamente juntaram-se  mais oito outros voluntários. Eles visitaram mais de 250 casas, uma creche e um orfanato administrado pela Igreja Batista, onde foram bem recebidos. Um dos participantes, membro da Igreja Evangélica Quadrangular  visitou as casas das famílias da tradição reformada. Nenhum custo financeiro foi necessário. A missão foi concluída no dia 23 de Outubro durante a Missa na Paróquia de São José, mas apenas por este ano, pois, uma missão semelhante está programada para a cidade de Uberaba para o próximo ano. Pode-se ver algumas fotos da missão através do seguinte link: http://www.youtube.com/watch?v=0ioiM47aGXw

4. Pedimos para recordar, especialmente em vossas orações:
a preparação para a Assembléia Geral da União (14-17 de Janeiro de 2012);
o Pe. Joji Babu Tuneti, SAC, que continua seu tratamento de saúde;
a Ir. Luciana Capretti, CSAC que celebrou 100 anos de vida nos Estados Unidos  no dia 25 de Outubro.

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